Já houve um tempo em que eu pensava que ser valente era falar mais alto para ser ouvida. Era ter minhas vontades atendidas e ver prevalecer a minha opinião. Mas hoje entendi que valentia, de verdade, não combina com arrogância. Não se mistura com orgulho. Valente mesmo é quem ama. Quem serve. Quem perdoa. Corajoso é quem se aproxima com gentileza, mesmo correndo o risco de se ferir. Quem abre mão de andar depressa pra andar junto. Então, fiz da fé o meu arco, do amor minhas flechas e do serviço meu alvo. Porque ser valente é ter a audácia de se reconhecer fraco, para então encontrar a fonte de toda a força.
Há um provérbio popular que afirma que “o amor é cego”. A Biblia discorda. A afirmação de I Coríntios 13.6 é que “o amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.” Como podemos então compreender a afirmação de Pedro ao dizer que “o amor cobre uma multidão de pecados?”
Veja bem: cobrir é diferente de ENcobrir. O amor enxerga muito bem as imperfeições. Contudo, ao invés de cobrar a conta do devedor, ele se oferece como fiador. Assume o dano, não imputa culpa, não exige reparação. Como uma semente, o amor morre para florescer. Por isso o mesmo capítulo de I Coríntios afirma que o amor “não se ressente do mal…tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta… e jamais acaba”.
O apóstolo Pedro conhecia bem os efeitos desse amor. Ele o experimentou de perto quando, após a ressurreição, Jesus confrontou a imperfeição do amor do discípulo que o havia negado três vezes, com o amor do próprio Deus. (veja essa história em João 21.15-17) Pedro foi perdoado, restaurado e enviado pelo amor que cobriu sua vergonhosa traição.
O amor de Deus é constrangedor. É ousado. É surpreendente. E foi esse amor que ele derramou em nossos corações (Cf Romanos 5.5) É com esse amor que somos desafiados a amar uns aos outros. Martinho Lutero afirmou que “o amor de Deus não se destina ao que vale a pena ser amado. O amor de Deus cria o que vale a pena ser amado.” Por isso, o caminho da excelência é o amor.
Muito mais que perfeição moral, o que Deus deseja é perfeição relacional. “O amor não faz mal ao próximo, de sorte que o cumprimento da lei é o amor. ” (Romanos 13.10)
Você já teve a experiência de procurar alguma coisa que na verdade não estava perdida? Os óculos que estão na sua cabeça, as chaves dentro do bolso e até o celular enquanto fala nele?Esta semana vivi um momento assim. Perdi um bom tempo procurando algo que pensei ter perdido…mas na verdade estava onde deveria estar. Que coisa mais estúpida! Quanto tempo desperdiçado!
Aí fiquei pensando nas palavras de Paulo em Atenas, quando observou o altar dedicado ao Deus desconhecido (Atos 17.17). O apóstolo afirmou que Deus não está longe de cada um de nós.
Muitas pessoas perdem um tempo precioso de suas vidas procurando por um deus perdido, escondido, distante e inacessível. Um deus que necessita de rituais elaborados, sacrifícios constantes e oferendas vultuosas. De palavras difíceis e repetições sem fim.
Contudo, como alertou Paulo, o Deus verdadeiro não está longe de nós. A Bíblia afirma que ele está perto dos que o invocam em verdade(Salmos 145.18). O próprio Deus veio a nós através de Jesus, o Emanuel, “Deus conosco”. Ele próprio afirmou que aquele que procura, encontra.(Mateus 7.8)
Deus não é uma realidade distante, ou uma fantasia mirabolante. Deus está próximo de cada um de nós, a apenas um chamado, uma oração de distância. Ele promete responder a quem clamar seu nome com o desejo de conhecê-lo (Jeremias 33.3). Ele afirma que o encontraremos se o buscarmos de coração. (Jeremias 29.13)
Não perca seu tempo buscando Deus onde ele não está. Encare-o face a face. Abra seu coração. Deixe-o entrar e fazer morada. Caminhe com ele. Conheça-o e se faça conhecido. Ele está perto. Desfrute da sua companhia.
Eu nasci filha de pastor. Talvez por isso seja difícil separar essas duas coisas na mente e no coração. Pra mim, todo pai é meio pastor…e todo pastor é meio pai.
Pais e pastores precisam exercer autoridade sem autoritarismo. Sua autoridade vem de sua posição, dada por Deus, mas é exercida em amor e alicerçada na Palavra. Não me lembro de meu pai me perguntando: “Quem é que manda aqui?”. Eu sabia a quem devia obediência.
Todo pai é também um sacerdote. Como os pastores, eles tem a responsabilidade de representar o sagrado em sua comunidade. Meu pai exerceu essa função com muito temor e dependência do sumo-sacerdote. Ele conhecia a grandiosidade da tarefa. Como meu sacerdote, ele orava por si, por nós, por mim e comigo. Suas orações ainda ecoam em minha vida.
Pais e pastores são também conselheiros. Sua sabedoria nos ajuda a tomar decisões. Mas meu pai tinha o cuidado de evitar decidir por mim. Ele me ensinou a pensar desde cedo, me deu autonomia e teve paciência com os meus erros. Ele caminhou comigo e me acompanhou enquanto eu construía minha própria estrada, sem nunca me perder de vista.
Da mesma forma, ambos são profetas. Boca de Deus para anunciar a verdade, apontar o erro, endireitar o caminho. A vara e o cajado do meu “paistor” foram bastante úteis para evitar que eu me afastasse demais ou desistisse da jornada. Jamais foram instrumentos de violência ou vingança, mas representaram pra mim atenção e cuidado, disciplina e proteção.
Mas pais e pastores correm um grande perigo. Pela excelência do ministério que exercem, podem tornar-se altivos e orgulhosos, e considerar-se imprescindíveis. Eles não podem se esquecer que são apenas servos, vasos de barro nas mãos do oleiro. Graças a Deus, meu pai se conhecia bem. Ele sabia de suas fraquezas, e não fazia questão de escondê-las de mim. Embora se esforçasse para ser um espelho do Pai celestial, ele sabia que a imagem perfeita só poderia ser encontrada em Cristo. Ele nunca desejou que a vida girasse em torno de si, mas sempre aprontou para a cruz, o lugar onde toda imperfeição foi perdoada. Por isso, quando ele se foi, minha vida não perdeu o centro. Continuo firmada no Inabalável Amor.
Eu sei que fui privilegiada. É fácil pra mim enxergar Deus como PAI, e também como PASTOR. Tive excelentes referências. Mas tenho pra mim que todo privilégio traz consigo uma responsabilidade de igual tamanho. Meu “paistor” deixou um legado que merece ser honrado. Sigo na vida grata e atenta à herança que ele me deixou. O chamado de Pai para pai, e de pai para filha.
Uma coisa que aprendi nos muitos anos de atendimento odontológico é que a dor é uma percepção pessoal. Assim, aquilo que dói em mim não necessariamente incomodará você. E se isto é verdadeiro para dores físicas, quanto mais para dores emocionais!
Contudo, minimizar a dor do outro virou tendência. Geração fraca, “nutella”, cheia de “mimimi”, é o que dizem. “Não sabem o que é passar dificuldades, nunca viveram o que eu vivi…” Sim. É verdade. Ninguém viveu o que você viveu. Mas, entenda, sua experiência não invalida a dor do outro.
Penso ser muito triste ouvir essas afirmaçôes da boca de pessoas cristãs, pois a marca do estilo de vida de Cristo sempre foi a compaixão. Compadecer-se é sofrer junto, é tomar a dor do próximo como sua. É estar perto, é estender a mão, é trilhar o caminho no ritmo do outro, respeitando o seu momento e a sua percepção.
A compaixão é o caminho da Graça. Imagine Jesus dizendo: “vocês não sabem o que é sofrer!!! Eu morri na cruz! Deixem de “mimimi”. Bem ao contrário, cheio de compaixão por nós e nossas fragilidades, Ele disse: “Eu estarei com vocês todos os dias!” E é estando conosco todos os dias que ele nos fortalece. É caminhando ao nosso lado que ele nos exorta e encoraja.
É certo que precisamos nos tornar maduros e resilientes. A vida não é “cor-de-rosa” e exige coragem. Mas é desnecessário minimizar a dor. Antes, é preciso acolher para ajudar a enfrentá-la e superá-la. O pavio fumegante não se apaga quando alguém decide assoprá-lo com cuidado. Uma pequena chama pode tornar-se fogueira se a lenha for colocada devagar.
Dê ao outro o direito de sentir dor. Se você superou as suas, coloque-se ao lado de quem sofre para encorajar. Ofereça seu ombro. Estenda um lenço. Ouça e acolha. Respeite. Então, e somente então, teça considerações. E, se não puder fazer isso de maneira amável, considere a possibilidade de calar-se.
A falta de compaixão revela a crueldade dos nossos corações. A maior dor do mundo é a que dói em mim. E nada pode ser mais cruel do que julgar a dor que sinto. Ainda bem que Deus tem paciência conosco. Está ao nosso lado e chora nossas dores. Ele nos ouve, nos entende e nos atende. Que maravilha será quando estivermos dispostos a seguir o seu exemplo.
1- porque a perfeição moral não existe fora da pessoa de Cristo, o único ser humano justo. Todos os outros são pecadores 𝓓𝓮𝓼𝓿𝓲𝓪𝓻𝓪𝓶-𝓼𝓮 𝓽𝓸𝓭𝓸𝓼 𝓮 𝓳𝓾𝓷𝓽𝓪𝓶𝓮𝓷𝓽𝓮 𝓼𝓮 𝓯𝓲𝔃𝓮𝓻𝓪𝓶 𝓲𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸𝓼: 𝓷ã𝓸 𝓱á 𝓺𝓾𝓮𝓶 𝓯𝓪ç𝓪 𝓸 𝓫𝓮𝓶, 𝓷ã𝓸 𝓱á 𝓼𝓮𝓺𝓾𝓮𝓻 𝓾𝓶. 𝓢𝓪𝓵𝓶𝓸𝓼 14.3 𝓣𝓸𝓭𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓻𝓪𝓶 𝓮 𝓮𝓼𝓽ã𝓸 𝓼𝓮𝓹𝓪𝓻𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓰𝓵ó𝓻𝓲𝓪 𝓭𝓮 𝓓𝓮𝓾𝓼. 𝓡𝓸𝓶𝓪𝓷𝓸𝓼 3.23
2- porque a perfeição relacional é possível pelo perdão e reconciliação, onde pessoas imperfeitas se reencontram e reconstroem relacionamentos. 𝓢𝓾𝓹𝓸𝓻𝓽𝓪𝓷𝓭𝓸-𝓿𝓸𝓼 𝓾𝓷𝓼 𝓪𝓸𝓼 𝓸𝓾𝓽𝓻𝓸𝓼, 𝓮 𝓹𝓮𝓻𝓭𝓸𝓪𝓷𝓭𝓸-𝓿𝓸𝓼 𝓾𝓷𝓼 𝓪𝓸𝓼 𝓸𝓾𝓽𝓻𝓸𝓼, 𝓼𝓮 𝓪𝓵𝓰𝓾é𝓶 𝓽𝓲𝓿𝓮𝓻 𝓺𝓾𝓮𝓲𝔁𝓪 𝓬𝓸𝓷𝓽𝓻𝓪 𝓸𝓾𝓽𝓻𝓸; 𝓪𝓼𝓼𝓲𝓶 𝓬𝓸𝓶𝓸 𝓒𝓻𝓲𝓼𝓽𝓸 𝓿𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓭𝓸𝓸𝓾, 𝓪𝓼𝓼𝓲𝓶 𝓯𝓪𝔃𝓮𝓲 𝓿ó𝓼 𝓽𝓪𝓶𝓫é𝓶. 𝓒𝓸𝓵𝓸𝓼𝓼𝓮𝓷𝓼𝓮𝓼 3.13 𝓢𝓸𝓫𝓻𝓮𝓽𝓾𝓭𝓸, 𝓪𝓶𝓮𝓶-𝓼𝓮 𝓼𝓲𝓷𝓬𝓮𝓻𝓪𝓶𝓮𝓷𝓽𝓮 𝓾𝓷𝓼 𝓪𝓸𝓼 𝓸𝓾𝓽𝓻𝓸𝓼, 𝓹𝓸𝓻𝓺𝓾𝓮 𝓸 𝓪𝓶𝓸𝓻 𝓹𝓮𝓻𝓭𝓸𝓪 𝓶𝓾𝓲𝓽í𝓼𝓼𝓲𝓶𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸𝓼. 1 𝓟𝓮𝓭𝓻𝓸 4:8
3- porque a lei moral foi cumprida por Cristo em nosso lugar para que, unidos a ele pela fé, pudéssemos viver sob uma nova lei, a lei do amor, onde o julgamento é deixado de lado para dar lugar ao perdão e à misericórdia. 𝓟𝓸𝓻𝓺𝓾𝓮 𝓸 𝓯𝓲𝓶 𝓭𝓪 𝓵𝓮𝓲 é 𝓒𝓻𝓲𝓼𝓽𝓸 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲ç𝓪 𝓭𝓮 𝓽𝓸𝓭𝓸 𝓪𝓺𝓾𝓮𝓵𝓮 𝓺𝓾𝓮 𝓬𝓻ê. 𝓡𝓸𝓶𝓪𝓷𝓸𝓼 10.4 𝓟𝓸𝓲𝓼 𝓽𝓸𝓭𝓪 𝓪 𝓛𝓮𝓲 𝓼𝓮 𝓻𝓮𝓼𝓾𝓶𝓮 𝓷𝓾𝓶 𝓼ó 𝓶𝓪𝓷𝓭𝓪𝓶𝓮𝓷𝓽𝓸, 𝓪 𝓼𝓪𝓫𝓮𝓻: “𝓐𝓶𝓪𝓻á𝓼 𝓸 𝓽𝓮𝓾 𝓹𝓻ó𝔁𝓲𝓶𝓸 𝓬𝓸𝓶𝓸 𝓪 𝓽𝓲 𝓶𝓮𝓼𝓶𝓸. 𝓟𝓸𝓻é𝓶, 𝓼𝓮 𝓶𝓸𝓻𝓭𝓮𝓲𝓼 𝓮 𝓭𝓮𝓿𝓸𝓻𝓪𝓲𝓼 𝓾𝓷𝓼 𝓪𝓸𝓼 𝓸𝓾𝓽𝓻𝓸𝓼, 𝓬𝓾𝓲𝓭𝓪𝓭𝓸 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓷ã𝓸 𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓻𝓾𝓲𝓻𝓭𝓮𝓼 𝓶𝓾𝓽𝓾𝓪𝓶𝓮𝓷𝓽𝓮!” 𝓖á𝓵𝓪𝓽𝓪𝓼 5.14,15
4- porque o bom testemunho da igreja passa não por sua perfeição moral (ou suposta “impecabilidade”, que na verdade gera hipocrisia), mas por sua unidade.”𝓟𝓪𝓻𝓪 𝓺𝓾𝓮 𝓽𝓸𝓭𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓳𝓪𝓶 𝓾𝓶, 𝓬𝓸𝓶𝓸 𝓽𝓾, ó 𝓟𝓪𝓲, 𝓸 é𝓼 𝓮𝓶 𝓶𝓲𝓶, 𝓮 𝓮𝓾 𝓮𝓶 𝓽𝓲; 𝓺𝓾𝓮 𝓽𝓪𝓶𝓫é𝓶 𝓮𝓵𝓮𝓼 𝓼𝓮𝓳𝓪𝓶 𝓾𝓶 𝓮𝓶 𝓷ó𝓼, 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓺𝓾𝓮 𝓸 𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸 𝓬𝓻𝓮𝓲𝓪 𝓺𝓾𝓮 𝓽𝓾 𝓶𝓮 𝓮𝓷𝓿𝓲𝓪𝓼𝓽𝓮.” (𝓙𝓸ã𝓸 17.21)
5- porque o cumprimento de um código moral (reduzido a determinadas regras, particularmente as que eu sou capaz de cumprir) gera orgulho e sensação de mérito, o que nos afasta do sacrifício redentor e da graça de Cristo, da sua luz e da comunhão do seu corpo.𝓢𝓮 𝓭𝓲𝓼𝓼𝓮𝓻𝓶𝓸𝓼 𝓺𝓾𝓮 𝓽𝓮𝓶𝓸𝓼 𝓬𝓸𝓶𝓾𝓷𝓱ã𝓸 𝓬𝓸𝓶 𝓮𝓵𝓮, 𝓮 𝓪𝓷𝓭𝓪𝓻𝓶𝓸𝓼 𝓮𝓶 𝓽𝓻𝓮𝓿𝓪𝓼, 𝓶𝓮𝓷𝓽𝓲𝓶𝓸𝓼, 𝓮 𝓷ã𝓸 𝓹𝓻𝓪𝓽𝓲𝓬𝓪𝓶𝓸𝓼 𝓪 𝓿𝓮𝓻𝓭𝓪𝓭𝓮. 𝓜𝓪𝓼, 𝓼𝓮 𝓪𝓷𝓭𝓪𝓻𝓶𝓸𝓼 𝓷𝓪 𝓵𝓾𝔃, 𝓬𝓸𝓶𝓸 𝓮𝓵𝓮 𝓷𝓪 𝓵𝓾𝔃 𝓮𝓼𝓽á, 𝓽𝓮𝓶𝓸𝓼 𝓬𝓸𝓶𝓾𝓷𝓱ã𝓸 𝓾𝓷𝓼 𝓬𝓸𝓶 𝓸𝓼 𝓸𝓾𝓽𝓻𝓸𝓼, 𝓮 𝓸 𝓼𝓪𝓷𝓰𝓾𝓮 𝓭𝓮 𝓙𝓮𝓼𝓾𝓼 𝓒𝓻𝓲𝓼𝓽𝓸, 𝓼𝓮𝓾 𝓕𝓲𝓵𝓱𝓸, 𝓷𝓸𝓼 𝓹𝓾𝓻𝓲𝓯𝓲𝓬𝓪 𝓭𝓮 𝓽𝓸𝓭𝓸 𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸. 𝓢𝓮 𝓭𝓲𝓼𝓼𝓮𝓻𝓶𝓸𝓼 𝓺𝓾𝓮 𝓷ã𝓸 𝓽𝓮𝓶𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓮𝓷𝓰𝓪𝓷𝓪𝓶𝓸-𝓷𝓸𝓼 𝓪 𝓷ó𝓼 𝓶𝓮𝓼𝓶𝓸𝓼, 𝓮 𝓷ã𝓸 𝓱á 𝓿𝓮𝓻𝓭𝓪𝓭𝓮 𝓮𝓶 𝓷ó𝓼. 𝓢𝓮 𝓬𝓸𝓷𝓯𝓮𝓼𝓼𝓪𝓻𝓶𝓸𝓼 𝓸𝓼 𝓷𝓸𝓼𝓼𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸𝓼, 𝓮𝓵𝓮 é 𝓯𝓲𝓮𝓵 𝓮 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓸 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓷𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓭𝓸𝓪𝓻 𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸𝓼, 𝓮 𝓷𝓸𝓼 𝓹𝓾𝓻𝓲𝓯𝓲𝓬𝓪𝓻 𝓭𝓮 𝓽𝓸𝓭𝓪 𝓪 𝓲𝓷𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲ç𝓪. 1 𝓙𝓸ã𝓸 1:6-9
Pense bem antes de se irar. A ira não é boa conselheira. Sei que é difícil não ficar indignada com certas coisas, mas tome cuidado para que sua justa indignação não se torne um mal ainda maior e provoque outros à ira. Quebre esse ciclo. Perdoe, releve, ore. Só então se expresse.
Pense melhor ainda antes de falar, de escrever, de publicar. Reflita se suas palavras são verdadeiras, puras e sobretudo, amáveis. A linha do tempo é sua, eu sei, e é por isso mesmo que você deve cuidar bem dela. O que você posta diz, sim, muito a seu respeito. Afinal, os dedos digitam aquilo de que o coração está cheio.
E, não menos importante: ouça. Não apenas escute. Preste atenção. Leia, releia. Procure uma outra opinião. Não se precipite em compartilhar ou opinar sobre tudo e todas as coisas. O silêncio também pode ser sinal de sabedoria. Considere sempre a possibilidade de estar errada. E, se isso acontecer, não tenha medo de reconhecer e mudar. Só cresce quem não para de aprender.
(conselhos para mim mesma, e pra quem mais se interessar, nesse 54° dia de isolamento social, baseados nos conselhos de Tiago, meu escritor bíblico favorito.😉) #quarentinetime #reflexão
Suportar com alegria o sofrimento. Ser paciente na tribulação. Não andar ansioso por coisa alguma. Esses são caminhos difíceis de seguir, principalmente nos dias que temos vivido. Parece impossível não desanimar diante de tantas incertezas, do medo do futuro, da falta de respostas, da sensação de impotência.
Mas a Bíblia nos lembra que a longanimidade é fruto do Espírito. Ter bom ânimo foi o conselho de Jesus ao afirmar que passaríamos por aflições. E, sem dúvida, a melhor escola de longanimidade é o sofrimento. Por isso, há um personagem da Bíblia que tem muito a nos ensinar sobre ela: Jó, o homem próspero e íntegro que, de um dia para noite, perdeu suas posses, seus filhos, sua saúde e o respeito de sua esposa. E, para piorar, recebeu de seus amigos acusações injustas ao invés de compreensão.
Percorrendo as páginas do livro de Jó, podemos descobrir o “ABC” da longanimidade.
A – APRENDER
Depois de passar por todo o sofrimento e questionar Deus a respeito de sua razão, Jó tem uma experiência profunda com a sabedoria, o poder e a soberania de Deus que o faz afirmar:
“Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora meus olhos te veem.” (Jó 42.1) Aprender Deus, experimentá-lo, é diferente de aprender de Deus. Mais do que saber coisas sobre Deus, o sofrimento possibilitou que Jó experimentasse o próprio Deus.
Para nós, a longanimidade vem de uma experiência profunda com o Eterno através de Cristo, aquele que venceu o mundo, e do Espírito Santo, o consolador. Encarar o sofrimento como uma escola nos traz sentido e muda a maneira como o encaramos.
Aproveite este tempo para experimentar Deus. Para conhecê-lo mais de perto, ouvir a sua voz, inclinar a cabeça em seu peito, chorar nos seus braços, sentir o seu cuidado.
B – BENDIZER
A Bíblia conta que em momento nenhum Jó amaldiçoou ou blasfemou contra o Senhor, mesmo quando foi essa a sugestão de sua esposa. Embora confuso e perplexo, ele declara:
“O Senhor deu, o Senhor tomou. Bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1.21)
Que exemplo de longanimidade! Quantos de nós, por muito menos, trocamos os cânticos de louvor por queixas e murmurações… Afirmamos que louvaremos ao Senhor em todo tempo, mas basta algo dar errado para que a gratidão e a alegria sejam trocadas por amargura e desgosto.
Ainda que você não compreenda as circunstâncias, alegre-se na esperança e bendiga ao Senhor. Lembre-se de todas as vezes que ele segurou suas mãos e firmou os seus pés. Louve-o sobretudo por sua presença constante e seu amor fiel.
C – CONFIAR
Ainda no meio da tempestade que se abateu sobre sua vida, Jó reafirma sua confiança no Senhor e diz: “Eu sei que meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra”(Jó 19.25)
Mesmo que não pudesse ver ou sentir, Jó SABIA que haveria livramento em Deus.
E nós, temos confiado no que sabemos? Nós, que temos lido repetidamente as promessas de um futuro de paz e não de mal, de misericórdias renovadas, de alegria após a noite escura, temos de fato crido no cumprimento delas? É hora de exercitar nossa fé. A Bíblia afirma que o justo viverá dela. Nosso Redentor vive e há de se levantar em nosso socorro.
Reafirme sua confiança no Senhor. Clame a Ele e você será respondido. Lance sobre Ele sua ansiedade e experimente seu cuidado. Creia, entregue e descanse. A cada novo dia, receba sua misericórdia e desfrute do seu amor. Ainda que as sombras da morte se aproximem, não tema. Seja longânimo e não desista.
Assim com na história de Jó, o sofrimento vai passar. Se não aqui, na eternidade, onde não haverá mais dúvida, medo, dor ou pranto. Jesus venceu e é dele, não do sofrimento, a palavra final.
“Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’. Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça.”(Mateus 10.7,8)
A ordem acima foi dada por Jesus a seus discípulos quando ele os enviou a testemunhar entre o seu povo. Dela podemos extrair alguns princípios importantes para que um discípulo cumpra bem a missão que recebeu.
Em primeiro lugar, a missão acontece no caminho por onde passamos. Não fomos enviados a um lugar específico, mas a todos os lugares. Os lares, escolas, empresas, repartições públicas, ruas, praças, todo e qualquer lugar por onde passamos é um lugar de missão.
Em seguida, somos lembrados da mensagem a anunciar: o Reino de Deus. Esse reino agora não está apenas próximo, mas presente na terra através da ação do Espírito Santo que recebemos ao crer em Cristo. O poder do Espírito nos habilita a testemunhar a realidade do Reino.
É preciso demonstrar que o Reino é lugar de cura, renascimento, purificação e libertação. E, para isso, as palavras não são suficientes. Anunciar o Reino de Deus é demonstrá-lo através da prática do amor. É necessário estar perto dos doentes, relacionar-se com os cativos, tocar os impuros, como o próprio Jesus fez e ensinou.
Por isso, estar em missão inclui o desafio não apenas de dar, mas sobretudo de dar-se. Assim como Cristo se deu voluntariamente por nós, oferecendo-se como sacrifício, somos convocados a nos doar sem restrições. De graça recebemos, de graça damos.
Alguém já afirmou que “nunca deu quem deu do seu sem dar de si.” Missões não é apenas contribuir com uma causa. É escolher compartilhar a nova vida que recebemos pela graça divina com aqueles pelos quais passamos todos os dias, em todos os lugares, e que carecem desse maravilhoso amor.
Escolha doar-se. Por onde você passar, deixe que suas ações promovam cura e libertação. Faça isso sem esperar nada em troca. Foi para isso que você foi chamado e enviado. Seja obediente.
Alguém já disse que o amor ė um verbo. Uma palavra que se basta. Um vocábulo com voz própria. Sim, o amor tem voz. E não é qualquer voz. O som do amor é o som do próprio Deus. Às vezes troveja, às vezes sussurra, porque seu poder não está no volume do som, mas no efeito que produz. É o amor que produz vida, e vida em abundância.
E o que faz a poderosa voz do amor?
Onde há intolerância, ela se levanta a favor dos excluídos. Onde há desesperança, ela produz fé. Onde há impaciência, ela sussura: “devagar…” Onde falta chão, a voz do amor aponta o caminho. Onde há um pavio fumegante, ela é o sopro que o reacende.
A voz do amor ė lágrima junto dos que choram. É bálsamo sobre as feridas.
A voz do amor responde com brandura aos que tentam agredi-la, mas troveja contra os que ferem o próximo. Seu brado denuncia injustiças e destrói mentiras. Cala-se sobre si mesmo, mas ergue-se a favor dos que não têm voz. A voz do amor ė um alarme “anti-mísseis”. Quando a guerra está por perto, ela diz: “deixo-vos a paz.”
Mas nem todos ouvirão a voz do amor. Ela vibra numa frequência específica, num intervalo restrito a ouvidos treinados. Passantes desatentos poderão escutar os trovões, mas não ouvirão os sussurros. A despeito disso, ela soa constantemente, insistentemente, perseverantemente, à procura não apenas de ouvintes atentos, mas principalmente daqueles que a possam fazer ecoar no mundo.